Maricá retoma vacinação e zera demanda da segunda dose da Coronavac

A última remessa de vacinas contra a Covid-19 recebida pela Prefeitura, nesta segunda-feira (18/05) sendo 3.320 doses de Coronavac e 1.420 doses da Astrazeneca, permitiu a retomada da vacinação de segunda dose para a população. O processo havia sido interrompido na segunda-feira, quando os estoques da cidade se esgotaram, mas após a intervenção do município junto à Secretaria Estadual de Saúde, um quantitativo destinado à completar a demanda de quem aguardava pela imunização finalmente foi enviado.

A vacinação com a Coronavac foi retomada em sete polos – ESF Centro, São José II, Marinelândia (Cordeirinho), Barra, Chácara de Inoã, Inoã 2 e Jardim Atlântico (Itaipuaçu) – e duas unidades volantes de vacinação, no Aeroporto (Centro) e no Centro Administrativo de Itaipuaçu. No fim do dia, nenhum dos locais apresentava filas e a Secretaria de Saúde contabilizou mais de 3 mil doses aplicadas nestes locais. Para o município, a demanda pela segunda etapa de vacinação com a Coronavac está praticamente encerrada.

No aeroporto, a movimentação foi acompanhada pela subsecretária de Saúde, Solange Oliveira. A subsecretária afirmou que a grande procura da população pelos postos nos últimos dias foi algo compreensível, em razão da ansiedade pelo complemento da vacinação, agora concluída com sucesso. 

“Quem tem seus idosos em casa fica realmente na expectativa para imunizá-los em definitivo, mas digo às pessoas que não é necessário ir para a fila com muita antecedência. O prefeito se empenhou pessoalmente por mais doses de vacina e, com isso, vamos avançar nos próximos dias”, garantiu a subsecretária. Equívocos por parte do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde prejudicam o andamento na cidade na imunização.

“Há um subdimensionamento da nossa população, que acarretou numa remessa menor de doses do que precisávamos”, relatou. Para se ter uma ideia de como isso impacta o planejamento, basta rever a remessa anterior enviada pelo estado: das 90 mil doses destinadas pelo Ministério da Saúde para o Rio de Janeiro, apenas 642 doses de Coronavac chegaram ao município, que tem atualmente em torno de 180 mil habitantes.  O problema do subdimensionamento vem sendo alertado junto à SES desde o início das remessas, em janeiro. 

Solange dá outro exemplo que ilustra a questão. “Na vacinação da gripe em 2020 tínhamos 18 mil idosos cadastrados. Neste ano, esse número foi para 28 mil, e o Ministério não acompanha esse crescimento populacional, que é o maior do estado. Depois, nós percebemos que os frascos de CoronaVac não estavam rendendo o número de doses esperado, o que nos causou uma perda de até duas mil doses e isso foi reconhecido pelo próprio Ministério, através de uma nota técnica. As remessas recentes também foram menores, mas com o que recebemos nos últimos dias foi possível normalizar”, explicou.

Entre os que se vacinaram no aeroporto, a sensação era de alívio pela chegada da segunda dose. “Estava aguardando há dias para completar e finalmente consegui. Isso tranquiliza a gente, porque a coisa ainda está perigosa”, lembrou Jorge Queiroz Fernandes, de 68 anos, morador de Ponta Grossa. A mesma sensação teve Ciro Gianini, de 64 anos, que mora em Araçatiba e também falou com cautela. “Vamos esperar o tempo de validar primeiro para voltar ao normal”, disse ele.

Para Jandira Diniz, que também recebeu sua segunda dose, é importante manter os cuidados mesmo após completar a vacinação. “Ainda falta muita gente se vacinar e também há aquelas pessoas que não ligam para a doença, que acabam espalhando o vírus porque não se cuidam. A situação pode ser por culpa de alguns governantes, mas também é nossa uma vez que muitos de nós não fazem sua parte”, alertou a moradora de Itapeba, de 65 anos.

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